Movimento nos EUA pede o fim do marketing de junk food para crianças

As diretrizes voluntárias divulgadas pelo governo dos Estados Unidos não são o suficiente para proteger as crianças do marketing de alimentos não saudáveis e ter um efeito razoável na epidemia de obesidade infantil que acontece no país. É o que acredita um grupo de pais, advogados, oficiais de saúde pública e organizações norte-americanas, que começaram o movimento We’re not buying it: Stop junk food marketing to kids.

Com uma petição, as organizações pedem que o presidente Obama realmente faça que as diretrizes voluntárias estabelecidas pelo Federal Trade Commission e mais três órgãos do governo americano sejam adotadas pelas empresas do setor alimentício, já que existe um histórico ruim no que se refere à autorregulação da indústria.

No Brasil, o caso é o mesmo: o Projeto Criança e Consumo fez um levantamento em janeiro de 2011 que mostrava que empresas do setor alimentício não haviam cumprido um acordo de autorregulamentação publicitária, firmado por 24 empresas em 2009. A grande maioria não cumpriu o acordo.

Para os membros do movimento We’re not buying it, a indústria de alimentos engana crianças em favor do seu próprio benefício financeiro. O vídeo da campanha se pergunta: “se a indústria realmente se importa com as nossas crianças, então porque está fazendo campanhas de marketing de alimentos não saudáveis dentro de escolas, disfarçada de programas de caridade? Por que luta contra diretrizes, mesmo que voluntárias, estabelecidas pelo governo para proteger as crianças?” Os pais não conseguem competir com uma indústria que gasta 2 bilhões de dólares por ano em anúncios dirigidos a crianças, promovendo produtos cheios de açúcares, sal e gordura.

Para saber mais sobre as táticas usadas pelas empresas do setor, assista ao vídeo da campanha:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ab9zbqHJ_p4