Brincadeira é coisa séria

Caixa de sapato, avião, amarelinha, pega-pega, corda, pião. Desde o nascimento as crianças brincam, sendo o seu próprio corpo o objeto primeiro de investimento nas suas brincadeiras. Através de atividades lúdicas as crianças iniciam sua integração social, aprendendo não só a conviver com os outros, mas também a situar-se no mundo que as cercam. As crianças se expressam e se realizam através de suas brincadeiras. Ao brincar elas desenvolvem seu lado emocional e afetivo bem como muitas aptidões cognitivas. Suas brincadeiras são como nossas palavras. Mais do que um passatempo o brincar é uma forma de comunicação das crianças com seus pares e com adultos e deve ser preservado.

Hoje me parece que as diferentes telas e a privação dos espaços públicos têm afastado cada vez mais nossas crianças de suas brincadeiras espontâneas. São em média 5 horas por dia que as crianças brasileiras passam em frente à TV segundo os últimos dados do IBOPE. Muito, não? Pois é… Nos EUA país recorde em audiência das crianças em frente às telas já se começou um movimento de resgate ao brincar chamado “Play for tomorrow” baseado em estatísticas e pesquisas que comprovam que o brincar está desaparecendo por lá como conta a matéria no NY Times.

O foco do movimento ainda é muito educacional. Eles estão centrando esforços para que exista mais tempo e espaço para brincar nas escolas de educação Infantil e Fundamental, mas não estão deixando de lado a conversa com os pais para que eles também se engajem no movimento deixando de lado deus Ipods e Iphones para se dedicar mais às brincadeiras com seus filhos. Bem que o Brasil podia se engajar num movimento assim até como uma forma de contraponto ao consumismo na infância. Que tal? Leve essa ideia para sua comunidade, escola de seu filho e para dentro de sua casa. Dê asas a sua imaginação e resgate o prazer de brincar. Essa moda pode pegar!

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