Cansada de só ver as costas dos filhos jogando videogame ou seus rostos iluminados pela luz do laptop, a jornalista inglesa Susan Maushart resolveu desconectá-los por seis meses. E, eles não só sobreviveram ao experimento, como também abraçaram a ideia. O resultado, que ela conta em matéria do The Guardian e no livro “The Winter of Our Disconnect”, foi positivo.
A jornalista enfrentava o que muitos pais veem hoje em suas casas: famílias que não convivem ou interagem no ambiente real, mas que estão o tempo todo conectados com o mundo exterior através do virtual. Foram seis meses sem computador, internet, videogames, TV e celulares – pelo menos dentro de casa. Nesse tempo, fizeram refeições juntos e conversaram mais, além de fazerem programas de lazer em família. Além disso, foram confrontados com novas reflexões, como o encontro do tédio – que Susan acredita ser essencial para a criatividade – e a procura de formas para superá-lo.
Para a jornalista, os pais estão muito permissivos e, na busca de dar o melhor aos filhos, acabam cedendo aos apelos da indústria de eletrônicos e seus constantes lançamentos de novas tecnologias, que obrigam os consumidores a estar sempre se atualizando. O conselho que ela dá aos outros pais é: não tenham medo de impor limites e nunca subestimem a capacidade de adaptação dos jovens.