Em maio, seis jornais dos Estados Unidos chegaram às bancas com o seguinte anúncio: uma carta aberta ao CEO do McDonald’s, Jim Skinner, assinada por 550 profissionais de saúde pedindo que a empresa parasse de direcionar seu marketing a crianças. Segundo a carta, os alimentos vendidos pela rede têm excesso de gorduras, sódio, açúcares e calorias, e, ao direcionar suas táticas de marketing a crianças, a lanchonete contribui para a epidemia mundial de obesidade infantil.
Entre os pedidos, está o abandono de um dos maiores ícones da rede de fast food, o palhaço Ronald McDonald, que, há quase 50 anos promove comidas não saudáveis para as crianças. O pedido é o mesmo do movimento Retire Ronald, ou Aposente o Ronald, promovido, assim como as cartas, pela Corporate Accountability International.
No entanto, parece que não vai ser agora que o palhaço vai se aposentar. No encontro de acionistas da rede, o McDonald’s afirmou que o “Ronald McDonald não vai a lugar algum” e que vai continuar usando a imagem do palhaço em suas publicidades.
No Brasil, a empresa foi reconhecida pelo Ministério da Saúde como “amiga da saúde”. Contraditório, não? Afinal, o McDonald’s com sua comunicação ultraagressiva direcionada às crianças contribui para os altos indíces da obesidade infantil no país. Em razão disso, representantes da Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentas enviaram uma carta para o governo em maio.
Em seguida, o movimento criou um manifesto repudiando a aliança do governo com a rede de fast food. Para assinar, basta clicar aqui.