A Rio+20 passou, as pessoas que participaram estão, aos poucos, voltando pras suas casas e pras suas rotinas. É hora de olhar pra trás e ver o que nos rendeu esse grande encontro no Rio de Janeiro.
O processo de negociações oficiais da ONU frustrou muita gente – o documento final não trouxe compromisso, ambição e nem uma disposição real em resolver os problemas socioambientais que já enfrentamos… Ainda assim, a reunião formal foi uma oportunidade de pautar assuntos relevantes para a sociedade, como o tema do consumismo e da publicidade infantil e do impacto dessa questão na sustentabilidade.
No entanto, os resultados verdadeiramente inspiradores da Rio+20 vieram muito mais das ruas do que do processo de negociação formal. Vieram dos encontros e conexões, do bate-papo com Marina Silva, da energia dos voluntários que nos ajudaram durante toda a Cúpula dos Povos, das palavras de Frei Betto. E vieram também da Marcha da Cúpula dos Povos.
Cinco mil? Vinte mil? 50 mil? 80 mil? As estimativas podem até variar, assim como as causas que foram levadas pelos manifestantes, mas a verdade é que o desejo de mudanças reais estava lá, da Candelária à Cinelândia, ao longo de todo o percurso da marcha.
A equipe e os voluntários do Alana aproveitaram o momento para divulgar o problema do consumismo infantil, demandar a regulação imediata da publicidade infantil e conversar com as pessoas na rua. E a acolhida que recebemos foi incrível! Pessoas que paravam para tirar foto, pais e mães que foram marchar com seus filhos e fizeram questão de vir falar conosco pra demonstrar seu apoio, representantes de outras causas que fizeram questão de colar o adesivo do Alana antes de seguir adiante… até música nós ganhamos!