A profissionalização da indústria da festa infantil vem sendo debatida bastante aqui no blog. São festas comemoradas em limosines, em spas… parece mesmo que as aniversários de criança perderam seu lado simples, onde o foco era a brincadeira e o passar tempo com os amigos.
E é lógico que o mercado está lucrando com isso. Em matéria da semana passada da Folha de S. Paulo, fica claro que “o bufê infantil tem se mostrado uma boa oportunidade de negócio”, segundo informa o proprietário de uma das redes de bufês infantis em São Paulo. A indústria tem crescido 30% ao ano e, em 2011, os cerca de 4.000 bufês no país devem ultrapassar o R$ 1 bilhão em faturamento. Assim, aos poucos, o pula-pula, a piscina de bolinhas e o teatrinho dão lugar para a montanha-russa e o cinema 4D, e os pais desembolsam R$ 15 mil por festa – chegando a gastar até R$ 55 mil!
Festa infantil deveria ser lugar de brincadeira, onde a criança pode aproveitar a presença dos amiguinhos para inventar jogos e histórias, correr de um lado para o outro e se divertir. A matéria da Folha também mostra outro lado: junto com as festas industrializadas cresce o segmento das festas “delivery”, em que o bufê vai à casa do aniversariante. Com a intenção de fazer uma festa “sem ‘cara de bufê’”, esse tipo de comemoração conta com decoração feita à mão e brinquedos educativos.