Parece bobagem, mas plantar em casa alguma coisa que você vai poder comer depois é uma oportunidade ótima pra aprender muita coisa. Além de ser uma atividade bacana para fazer junto com as crianças, uma horta doméstica – um vasinho que seja! – nos ajuda a valorizar os alimentos que comemos todos os dias, exercita nossa paciência e dedicação, ajuda a compreender o ciclo da vida e, de quebra, ainda nos dá uma excelente ajuda na hora de introduzir alimentos saudáveis no prato dos pequenos.
Tenho há cerca de dois anos uma hortinha em casa (o que cabe no apartamento…) e sou uma verdadeira entusiasta das hortas domésticas e urbanas. Além de achar terapêutico mexer com a terra, eu aproveito esses momentos pra explicar pro meu filho que os alimentos não chegam prontos na nossa casa. Pra que ele possa comer uma maçã, ou o arroz e feijão de todo dia, alguém teve que plantar aqueles alimentos, esperar as plantas crescerem, regar, colher, transportar, etc. Acredito que isso ajude a torna-lo uma pessoa mais consciente, que desperdiça menos.
O vasinho que plantamos com salsinha me ajudou também a introduzir outros verdes no cardápio. Como ele me ajudou a plantar e cuidar da muda quando ela chegou, achou um barato poder colher algumas folhas e usar como tempero quando chegou a hora. E depois daquilo, a resistência a outras verduras e temperos vem diminuindo a cada dia, enquanto a disposição para experimentar sabores novos – como o alecrim e o manjericão do outro vaso – vem aumentando.
Esperar a plantinha crescer o suficiente para colher é um bom exercício para os pequenos que tem mais dificuldade em esperar. E lembrar de rega-las e coloca-las no sol dá a eles um senso de responsabilidade importante para o seu desenvolvimento.
Como bem colocou o pedriatra José Augusto Taddei, alimento não é só nutriente. “Alimento é afeto, cultura, humanidade. E é disso que a gente vive”. Então, mãos à obra!
Que tal plantar morangos em casa? Veja um passo-a-passo nesse site.