“O comercialismo mina a brincadeira criativa”

A educadora e psicóloga Susan Linn, criadora da Campaign for a Commercial Free Childhood, era uma das convidadas para o debate sobre o excesso de brinquedos e a importância do brincar, que aconteceu na segunda-feira passada, na Livraria da Vila. No entanto, Susan não pôde ficar no evento, e deixou uma mensagem em que comenta sobre a erosão da brincadeira criativa.

A psicóloga ressaltou a importância do brincar: “a brincadeira criativa é a fundação do aprendizado, da criatividade, da resolução construtiva de problemas, de autorregulação, da habilidade de dar continuidade a projetos e de ter autocontrole e atrasar a gratificação. Mas também é a maneira com a qual a criança lida com a vida para atribuir-lhe sentido.”

Para ela, as crianças brincam menos criativamente com brinquedos baseados em personagens da mídia, os quais elas não precisam criar histórias, simplesmente copiá-las da TV. Outra crítica é relacionada a brinquedos que não exigem a interação da criança, nos quais a participação infantil é apenas apertar um botão. “Os melhores brinquedos são aqueles que são 90% a criança e 10% o brinquedo. Mas os que mais vendem são o oposto, aquelas que tendem a fazer tudo pela criança, ou que na realidade limitam e restringem sua brincadeira criativa.”

Vale assistir ao vídeo deixado por ela: