Como forma de apoio às iniciativas da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, na luta contra a obesidade infantil, o site de educação Teach.com criou um infográfico mostrando os efeitos da publicidade de alimentos nos hábitos alimentares infantis e suas consequências na saúde dos pequenos (veja abaixo).
Alguns dos dados apresentados estão relacionados ao consumo de mídia pelas crianças e a exposição infantil a uma alta quantidade de publicidades de alimentos. “Uma criança dos EUA passa em média 44,5 horas por semana assistindo televisão e é exposta a até 30.155 publicidades por ano! 50% desses comerciais são de doces, lanches e cereais com açúcar, então não é de surpreender […] que 1/3 das crianças estadounidenses estão acima do peso ou obesas”, quantifica o Teacher.com.
Os dados no Brasil não são menos assustadores. Aqui, as crianças passam cerca de 5 horas por dia em frente à televisão e a quantidade de comerciais a que são expostas é grande. Segundo um levantamento realizado pelo Criança e Consumo durante 10 horas de programação infantil próximo ao Dia das Crianças de 2010, os pequenos foram expostos a 1.100 inserções comerciais, 7,6% de alimentos. Os índices de obesidade também não ficam atrás: uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos tem sobrepeso ou está obesa, segundo o IBGE.
Não é a toa que assim como a OMS, os pais nos Estados Unidos e aqui no Brasil consideram que a publicidade de alimentos não saudáveis é uma grande parte do problema. De acordo com a pesquisa Datafolha realizada em 2011, 79% dos pais acreditam que elas prejudicam os hábitos alimentares infantis.