A população obesa mundial dobrou em três décadas, e chegou a 500 milhões de obesos e 1,46 bilhões de pessoas com sobrepeso. Os dados assustadores chamam ainda mais atenção para o debate sobre obesidade, consumo infantil e publicidade.
Pesquisas mostram que os hábitos alimentares começam a ser formados ainda na infância e estudos mais recentes mostram que até a quantidade de gordura é definida nessa faixa etária. Com a estimativa de que, no final de 2010, mais de 42 milhões de crianças com menos de cinco anos estavam acima do peso ou sofriam de obesidade, 35 milhões de crianças de países em desenvolvimento, como o Brasil, a perspectiva para os futuros índices da doença não parece muito favorável. Como reverter esse quadro?
Ciente da forte influência da publicidade na formação dos hábitos alimentares não saudáveis, em 2010 a OMS publicou uma série de recomendações para o combate da obesidade para os governos mundiais, pedindo, entre outras coisas, que fossem criadas políticas públicas que regulamentassem a publicidade de alimentos com alto teor calórico e baixo teor nutritivo. Uma Resolução do Conselho Nacional de Saúde segue o mesmo raciocínio. Com a publicação da Resolução 24 da Anvisa, em junho de 2010, o Brasil dava um passo no sentido do combate a doença.
É por esse motivo que o Projeto Criança e Consumo apoia a legislação, suspensa atualmente para associados da ABIA, por liminar resultante de Ação promovida pela associação, e criou, junto com o Idec, a Faculdade de Saúde Pública da USP e outras 40 instituições, a Frente pela Regulamentação da Publicidade de Alimentos. Acreditamos que esse seja um caminho para que possamos diminuir esses índices e minimizar as doenças decorrentes da obesidade.
Terminamos este post com um vídeo do Hospital Albert Einstein, sobre obesidade infantil: