Na era digital um dos grandes problemas enfrentados por pais é o acesso de crianças a conteúdos indevidos e a superexposição de informações pessoais. Por esses motivos, o recente lançamento do videogame Zeebo chamou a atenção do Projeto Criança e Consumo.
Apresentado em coletiva de imprensa no dia 1° de setembro, o console é comercializado com foco em crianças de 8 a 13 anos, seguindo o slogan “Jogue, navegue, aprenda” e sendo vendido como “edutainment” (educação + entretenimento). Segundo Brett Bissell, gerente geral da Zeebo Brasil, o produto ainda dispõe de acesso seguro à internet para crianças dessa faixa etária.
Na hora de vender, tudo parece muito adequado… Mas dos 50 sites selecionados pela empresa e disponíveis ao acesso das crianças, foram encontrados links com conteúdo sexual e sobre consumo de drogas. Na coletiva, os executivos afirmaram que não abririam acesso ao YouTube, mas não comentaram a liberação das principais redes sociais – o que expõe os pequenos a riscos, como sofrer abusos virtuais e divulgar informações pessoais.
Além disso, o Zeebo já vem com uma rede social própria, a Zeebo Club, na qual a criança recebe no seu videogame as propagandas de novos produtos lançados pela empresa, criando essa confusão entre conteúdo e publicidade.